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‘Disputar uma Champions League é o sonho de todo jogador e meu também’

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Quando foi emprestado pelo Figueirense, na metade de 2017, para o Ferencvaros, da Hungria, o lateral-esquerdo brasileiro Marquinhos Pedroso dava início a um audacioso salto na carreira que, até aqui, vem se mostrando para lá de acertado. Aos 24 anos, ele mostra uma adaptação fácil ao futebol local, é titular do clube mais importante do país, soma sete passes para gols na temporada e vê seu time liderar a Liga Húngara. Com isso, está prestar a realizar um sonho: jogar a Uefa Champions League.

Em entrevista ao Blog Futebol Internacional, o jogador falou sobre essa motivação, contou como falar Inglês o ajudou a se comunicar com os húngaros, já que o idioma local é considerado por ele algo “muito difícil”, e elencou as metas para os próximos anos: tem até Seleção Brasileira na parada, além de uma nova mudança que pode vir em breve. “Ainda sou jovem e pretendo, em uma ou duas temporadas, disputar uma das grandes ligas europeias”.

Papo com os gringos é sossegado

Como foi sua adaptação ao futebol húngaro? Sentiu diferença em relação ao Brasil?
Graças a Deus a adaptação foi bem rápida. Desde o primeiro jogo eu consegui mostrar um bom desempenho, com a ajuda dos meus companheiros. Senti uma diferença, mas nada absurdo. Percebi mais no ritmo de jogo. E a qualidade técnica dos jogadores brasileiros é indiscutível, isso é uma coisa que pude notar aqui.

Você já teve uma experiência no futebol turco. Ele é mais forte que o húngaro?
Jogar na Turquia foi excelente para minha evolução. Lá, pude enfrentar jogadores que já disputaram finais de Copa do Mundo, como Sneijder e Van Persie (vice-campeões mundiais com a Holanda em 2010), além do português Ricardo Quaresma e o Anderson Talisca, que acabou de ser convocado para a Seleção Brasileira. O Campeonato Turco é mais competitivo que o Campeonato Húngaro, mas aqui eu também tenho evoluído.

Seu contrato de empréstimo com o Ferencvaros vai até o meio de 2018. Sua expectativa é ficar na Europa? Imagina-se jogando a próxima Uefa Champions League?
O empréstimo vai até o final da temporada, mas sem dúvida meu desejo é continuar na Europa e busquei o Ferencvaros para ter a oportunidade de disputar uma Champions League, que é o sonho de todo jogador e meu também.

Como é a comunicação com os demais companheiros e com o treinador?
É bem tranquila, pois todos os jogadores e o técnico falam Inglês. O treinador (Thomas Doll, vice-campeão da Eurocopa em 1992 como jogador), na verdade, só fala Inglês mesmo, pois é alemão. Instruções e palestras acontecem em Inglês e eu já falo bem esse idioma. Passei por isso no futebol turco, onde precisei aprimorar a língua. E os jogadores húngaros, assim como quase toda a cidade de Budapeste, falam Inglês, bem diferente do Brasil, coisa de primeiro mundo. Graças a Deus pra mim, eu diria, porque o Húngaro é muito difícil, diferente de nossa língua. Em Húngaro, só falo as frases clássicas, como obrigado, por favor, olá e bom dia. Nem formular frase consigo, até porque não precisa e me comunico com todo mundo em Inglês. É como se eu falasse Húngaro.

Perguntei antes sobre adaptação ao futebol da Hungria. Agora, e a adaptação ao país?
A Hungria é um país muito frio, mas minha adaptação foi sossegada, pois cheguei no verão a Budapeste e já havia vivido algo similar na Turquia. Quando jogava no Brasil e pegava férias, também tinha o costume de viajar para o exterior, o que me ajudou bastante. Eu me mudei para a Hungria com minha mulher. Meus pais e meus sogros vieram para cá e chegaram a passar 15 ou 20 dias, mas retornaram ao Brasil logo depois.

Marquinhos chama atenção na Hungria

Passa pela sua cabeça naturalizar-se húngaro para disputar uma Eurocopa ou Copa do Mundo?
Eu tenho o sonho de defender a Seleção Brasileira. Estou na Europa, ainda sou jovem e pretendo, em uma ou duas temporadas, disputar uma das grandes ligas europeias. E se me destacar numa posição que sempre chama atenção, a de lateral-esquerdo, e sendo brasileiro, poderei ser observado pela Seleção. Mas, se o tempo for passando e em três ou quatro anos isso acabar não acontecendo, claro que é uma possibilidade (a naturalização). Seria uma experiência bacana também.

Como é a relação com a torcida do Ferencvaros? Sabemos que o clube é o maior do país, mas seus fãs são fanáticos como aqui?
O fanatismo deles pelo futebol não se compara ao brasileiro, pois a Hungria encara outros esportes como os principais, que são os que eles dominam, como o polo aquático e o handebol. Mas a torcida é bem presente sim, há até os chamados hooligans, que pegam pesado se a coisa não vai bem.


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